Como inovar na sua empresa?

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Como inovar? Com patrocínio Dynargie Brasil, evento debate a construção e manutenção da cultura de inovação

Com o patrocínio da Dynargie Brasil, o Comitê de Gestão de Pessoas da AMCHAM (American Chamber of Commerce for Brazil) trouxe para sua sede, em São Paulo, diversos especialistas para debater como potencializar os esforços na busca por inovação.

Diante de um mundo moderno, em que as mudanças acontecem muito rápido e o tempo todo, como inovar se tornou um tema-chave no mundo corporativo, figurando como um fator importantíssimo e até mesmo determinante para garantir a competitividade e o crescimento dos negócios. Por isso, precisamos estimular o comportamento empreendedor, que significa permitir tentar e permitir errar, de acordo com Maximiliano Carlomagno, sócio fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa. “É pedir desculpa e não autorização”, explicou.

Como inovar? Com a construção de um ambiente propício, a implantação de uma nova cultura e a manutenção dela por meio de estratégias que impulsionem o surgimento de ideias como programas, premiações, grupos de pesquisa e discussão etc. “O maior incentivo para o indivíduo inovar é a autorrealização. Não tem nada que dê maior sensação de autorrealização do que fazer algo incrível. Essa é a maior recompensa para quem quer progredir na carreira”, definiu Carlomagno.

Na Libbs Farmacêutica, são lançados periodicamente desafios que convidam os colaboradores a contribuírem e participarem. Além disso, há um espaço onde as pessoas deixam o seu relato como forma de inspiração. “Por mais que não seja uma grande história, colocamos exemplos de coisas que aconteceram na organização puxadas pela inovação ou porque a pessoa simplesmente teve um insight na hora para que os outros se inspirem”, contou Livia Gandara Prado, Head de Inovação.

Na prática, a inovação pode estar em coisas simples que rendem resultados surpreendentes. Não é necessário que sempre seja algo extraordinário. Daniela Sena Bettini, Diretora de Recursos Humanos da Embraer, ilustrou bem essa concepção ao contar o caso do operador que, com um simples adesivo de custo inferior a R$ 100,00, fez com que o rebite entrasse certinho na fuselagem. Isso reduziu os erros e as perdas, uma vez que alguns milímetros para o lado resultariam na perda de todo o material. “Não é uma grande inovação, o avião continua sendo avião, mas isso alavanca nossos processos”, pontuou.

Para que todas essas ideias sejam estimuladas, o RH ocupa um papel fundamental. A gestão é um fenômeno organizacional (e não só tecnológico, como costuma ser relacionado) e envolve desde transformação cultural e estratégica, planejamento e recursos, até o suporte aos gestores. “Temos que desenvolver as lideranças, ajudá-los a pensar diferente e estar abertos à mudança. Se a mudança não começar de cima, não adianta”, pontuou Erika Takahashi, vice-presidente de Recursos Humanos para América Latina da Mastercard.

O recrutamento também tem a sua relevância: não é à toa que organizações de todas as áreas estão à procura de talentos no mercado. Segundo Takahashi, é importante valorizar backgrounds, experiências e bagagem de mercado diferentes. “Se eu contratar pessoas do mesmo ramo, que passaram pelos mesmos problemas, tiveram a mesma solução, eu não vou ter inovação porque elas pensam igual”, justificou.

Daniela Sena Bettini, Diretora de Recursos Humanos da Embraer, também compartilhou da mesma opinião e foi ainda mais longe, contando que a empresa já recrutou profissionais de antropologia e sociologia para diversificar o conhecimento e agregar novas visões em uma corporação de engenheiros.

Inovar não é fácil, mas também não é impossível. Basta fomentar o pensamento criativo, dar liberdade aos colaboradores e abrir espaço para que eles possam contribuir. Acreditando que serão ouvidos e que têm a capacidade de colaborar com novas possibilidades, eles naturalmente passarão a integrar o motor da inovação na sua empresa. Vale a aposta!

Os desafios dos líderes diante das transformações

AMCHAM promoveu encontro com especialistas que debateram o assunto, mostrando cases de sucesso e as necessidades de se adaptar às mudanças

O Comitê de Gestão de Pessoas da AMCHAM (American Chamber of Commerce for Brazil), com o patrocínio da Dynargie Brasil, colocou em pauta os desafios dos líderes diante das transformações nas organizações. Realizado no dia 26 de abril, o evento contou com a participação dos executivos Francisco Fortes, vice-presidente executivo de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional da Gerdau, Vanessa Lobato, vice-presidente de RH do Banco Santander, e Guilherme Rhinow, diretor de RH da Johnson & Johnson, que discutiram o assunto sob mediação de Fátima Marques, diretora regional da Korn Ferry/ Hay Group para a América do Sul.

A evolução social e as mudanças de comportamento humano em um cenário cada vez mais amplo e globalizado, diante de uma crise política e econômica no país, têm mostrado exponencialmente a importância do papel das lideranças, exigindo suas habilidades em lidar com essa era de transição na gestão de pessoas.

“A primeira coisa que um líder tem que fazer é inspirar, tirar as pessoas da zona de conforto. Mostrar um futuro promissor”, define Fortes. Para ele, é preciso ser o exemplo a ser seguido por ações, e não só por palavras, transmitindo confiança para que os profissionais vençam desafios. “E a segunda coisa é dar empowerment, deixar as pessoas trabalharem”, conclui.

Na Gerdau, uma das formas de empoderar o colaborador foi reduzir o número de regras e dar mais autonomia, uma vez que as coisas acontecem muito rápido. Além de usar a tecnologia e smartphones como ferramentas de trabalho e promover o relacionamento com startups, dar mais abertura a diálogos com as novas gerações. De acordo com o vice-presidente executivo de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional da empresa, “um líder também tem que ser um coach. Porque os jovens te olham e ouvem com muita atenção, estão sedentos por isso. É com essa batida que estamos desenvolvendo nossos líderes”.

Já no Santander, as transformações e a tecnologia mudaram bastante, tanto a forma de se relacionar com a sua grande diversidade de clientes, como também, o dia a dia. Antes, projetos que levariam um ano e meio até a conclusão, hoje precisam ficar prontos em três meses. Com as inovações adotadas, o ambiente de trabalho ganhou um conceito mais moderno, sem deixar de ser banco.

Neste contexto, a organização acredita que um líder deve reunir sete competências: garra, empreendedorismo, confiabilidade, inteligência emocional, ser influenciador, colaborativo e desenvolvedor de pessoas. É preciso fazer as coisas acontecerem e ter a visão de que momentos instáveis da economia são passageiros. “A hora é de rever o negócio e suas oportunidades. Vale o olhar do novo, de se reinventar, incentivar e dar coragem aos colaboradores”, afirma.

E o que a Johnson & Johnson está fazendo neste período turbulento? “Estamos mantendo as mesmas premissas de desenvolvimento, que sempre tivemos e que mantemos em todos os países do mundo. Isso acontece na crise e em momentos de abundância. É preciso pensar no impacto que uma organização como essa tem no futuro. Uma pesquisa de produto de nossa área farmacêutica leva sete anos, por exemplo. Então, não posso ficar sujeito às volatilidades macroeconômicas”, argumenta Rhinow. Para ele, o líder é a expressão da proposta de valor da organização para cada um dos colaboradores da companhia.

Com todas essas explanações, fica claro que o papel dos cargos de liderança é fundamental para a evolução e transformação das empresas. Por essa razão, Marques, da Korn Ferry/ Hay Group, ressalta a importância do treinamento e da preparação dos profissionais em todos os níveis –  independentemente se são vice-presidentes, gerentes ou seniores, é preciso investir no seu desenvolvimento para que eles possam liderar de forma primorosa.

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