Liderança Personalizada: o desafio da gestão eficaz

Attractive businesswoman at a meeting.

O foco é saber identificar a maturidade da equipe e adequar o estilo de liderança

Detectar o grau de maturidade da equipe e conseguir adequar o estilo de liderança, que pode estar voltada para a motivação e a tarefa, é um fator decisivo de sucesso. Por maturidade, podemos entender a capacidade de fixar metas desafiadoras e que podem ser atingidas, a disposição e a capacidade de assumir a responsabilidade pela tarefa e a respectiva formação e/ou experiência de uma pessoa ou de um grupo para a tarefa em questão.

O conceito de Liderança Personalizada apresenta um profissional que reconhece o nível de competência e motivação de cada colaborador com relação a uma tarefa e ajusta a sua maneira de liderar a equipe para obter maior nível de colaboração. Para isso, são definidos quatro níveis:

Nível de motivência®1 (R1): baixa competência, baixa motivação

Nível de motivência®2 (R2): baixa competência, alta motivação

Nível de motivência® 3 (R3): alta competência, baixa motivação

Nível de motivência® 4 (R4): alta competência, alta motivação

Motivência® = Motivação + Competência

Há quatro estilos de liderança caracterizados em termos de volume de direção e suporte que o gestor dá a motivação e a tarefa:

Estilo 1 (S1) – Estilo Diretivo: quando os líderes definem as funções e as tarefas do “colaborador” e as supervisionam de perto. Este estilo é adaptado para pessoas que têm baixa competência e baixa motivação para realizar uma determinada tarefa (R1).

Estilo 2 (S2) – Estilo de Formação: apropriado para pessoas que têm compromisso. Os líderes de Formação definem as funções e as tarefas e ainda explicam os “porquês” da orientação que eles dão. Este estilo é apropriado para pessoas com alta motivação e baixa competência com relação a uma tarefa (R2).

Estilo 3 (S3) – Estilo Participativo: usado quando as pessoas são experientes, mas não têm confiança, nem motivação. Os líderes usam este estilo específico para envolver as pessoas no processo de solução do problema (R3).

Estilo 4 (S4) – Estilo de Delegação: para pessoas que têm competência e motivação altas (R4). Neste estágio, as pessoas têm capacidade e disposição para trabalhar sozinhas em um projeto, com pouca supervisão ou suporte. Quando um líder delega, sua intervenção tem dois níveis: (1) definição das metas e (2) controle dos resultados.

O modelo teórico de Liderança Situacional foi apresentado no final dos anos 70 por Hersey e Blanchard. Baseado nesse conceito e na experiência da Dynargie, os estilos de liderança dominantes no Brasil são o S2 (31%) e o S3 (32%): foco no consenso e no relacionamento. Há um equilíbrio relativo entre o comportamento diretivo (51%) e o participativo (49%), não havendo subliderança nem superliderança.

Saber dizer não

 

NAO

Muitas pessoas ainda se sentem desconfortáveis ao dizer não. Entenda por que é importante

Trabalhar com treinamento e desenvolvimento de pessoas nos permite perceber o incômodo dos profissionais quando o assunto é treinar a utilização da palavra mágica NÃO no contexto corporativo.

O receio em dizer não ultrapassa a linha das relações hierárquicas dentro das organizações. Não importa se é o seu par, seu colaborador ou até o seu gestor, estar diante de uma situação em que temos que negar o pedido do interlocutor ativa imediatamente nosso diálogo interno (aquela conversinha que temos o tempo todo com nós mesmos) para questões como:

E agora? O que será que vão pensar se eu negar este pedido?

Ou:

Já sei, para não “fechar a porta” imediatamente a este pedido, vou dizer que preciso pensar e depois, em outro momento, digo não.

Verdade seja dita, o talvez nos faz sempre perder tempo, pois termina frequentemente com um não. Nesses casos, um não seria muitas vezes melhor para todas as partes, principalmente porque faz ganhar tempo, resolver situações e evitar a ansiedade.

Para livrar-se deste incômodo, o primeiro passo é certificar-se de que a resposta é mesmo negativa. Neste momento não há “jeitinho”: não é não. O que propomos que você faça é preparar-se, pensando nas explicações (não nas justificativas) da sua decisão. Afinal, nem as crianças aceitam não porque não, que dirá seus parceiros de negócio.

Feito o primeiro passo, acolha de forma positiva seu interlocutor e vá direto ao assunto, dizendo que “não será possível” ou “não será viável”.  Encontre o seu estilo, mas verbalize a palavra! Após dizer não, faça silêncio! Lembre-se que silêncio é diferente de escuta receptiva (quando você não fala e fica balançando a cabeça).

O exercício do silêncio propicia que você conheça a reação do interlocutor e também administre sua ansiedade diante da situação. Passados estes intermináveis segundos de silêncio, ofereça a sua explicação para a situação e trabalhe com a “remotivação”. Remotivar é ter atitude positiva e demonstrar que a decisão de negar o pedido não significa falta de consideração com a situação ou com a pessoa.

Por exemplo: vou negar ao meu colaborador a possibilidade de antecipar suas férias. Agora, o que está ao meu alcance fazer para que ele consiga dispor do tempo de descanso que tanto quer? Quem sabe liberá-lo em um feriado prolongado?

Exercitar a remotivação é ativar nossa capacidade empática, elemento fundamental para a qualidade das nossas relações interpessoais e gestão de pessoas. Distribua seus nãos de forma consciente e descubra que dizer não, muitas vezes, é dizer sim em outra direção.

Os desafios de um gestor na prática

1 490

A convite da Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica, Dynargie apresenta sua metodologia de trabalho no Sindusfarma

Liderança na prática: liderar e gerir pessoas, discutir os desafios dos gestores para compatibilizar interesses, exercer uma influência positiva e obter resultados por meio das pessoas. Essa foi a temática abordada por Vanessa Perfeito, consultora da Dynargie, em palestra para público formado por profissionais de treinamento da Indústria Farma, no dia 21 de maio de 2014.

Uma boa comunicação é uma condição sine qua non para um líder. A premissa da Dynargie é a de que os três principais freios possuem suas condições correspondentes, que são essenciais para uma interação produtiva, conforme exemplificado na tabela abaixo:

Tabela

Na prática, ao identificar os freios e aplicar as condições corretas, alguns desafios do cotidiano podem ser resolvidos mais facilmente, ajudando o gestor a desempenhar melhor o seu papel, de maneira mais incisiva e eficaz. Algumas atitudes podem ajudar:

  1. Dar feedback, sabendo elogiar e “repreender”;
  2. Distinguir o erro da falha, sabendo que o primeiro tem a ver com o gestor e com a competência, passando pela formação e informação para o liderado (que desconhece as regras e/ou o assunto), enquanto a falha refere-se ao não cumprimento das regras ou do combinado, estando ligada ao liderado e à motivação;
  3. Saber dar autonomia e obter a responsabilidade e o engajamento;
  4. Dar coaching;
  5. Favorecer a participação;
  6. Avaliar, fazendo balanço dos méritos e das deficiências e potencializando desempenhos futuros;
  7. Ser o exemplo.

Saiba mais sobre o tema: Liderança sem alegoria

“É possível identificar três campos de interesse nas Organizações: os interesses da empresa, dos gestores e dos colaboradores. O desafio do gestor é alinhá-los. Somente a harmonia entre eles fará com que o relacionamento do gestor com seus diversos interlocutores contribua de forma eficaz para a sustentabilidade dos negócios, tornando-se um ativo essencial para a Organização. Um raciocínio fácil de entender, não de implementar. Afinal, estamos falando de pessoas”, explica.

Circulos Dinergicos

A especialidade da Dynargie é preparar o gestor para atuar em um ambiente com essa complexidade, certificando-se de que ele estará apto a identificar, gerir e resolver as situações com empatia, coragem e atitude positiva. “A influência que esses campos de interesse exercem sobre o gestor nos levou a criar uma metodologia exclusiva: a Gestão Dinérgica®, a qual pressupõe que a eficácia de um gestor é determinada pela forma como ele se comunica com suas equipes e como aproveita, com dinamismo, o máximo da energia de cada um dos seus colaboradores”, completa Vanessa.

Liderança sem alegoria

 Liderança Personalizada

A liderança depende também do interlocutor. Veja que estilo adotar conforme o perfil dos membros da sua equipe.

Consta no dicionário: substantivo feminino relativo a líder. Comando, direção, hegemonia. Nos dias atuais, o tema Liderança tem sido levado à exaustão na literatura, palestras, blogs, treinamentos e afins. São inesgotáveis as fontes de informação e opinião sobre o assunto. Em muitos deles, observa-se certo romantismo e contação de histórias para falar a mesma coisa: Liderança é a “cereja no bolo” da boa gestão de pessoas.

Abordamos o tema da perspectiva de quem treina profissionais em liderança e acreditamos que ela surja como consequência do sucessivo treino e aplicação de atitudes e comportamentos que têm como base a SITUAÇÃO e não a pessoa.

Um modelo de liderança eficaz tem como ponto de partida dois caminhos de observação: a tarefa ou a relação. A tarefa está relacionada ao objetivo, enquanto a relação diz respeito a forma de execução para atingi-lo. Cada indivíduo tem a tendência natural de seguir por um dos lados. No entanto, o ideal é que ambos caminhem de mãos dadas.

Pensando nesta relação de simbiose, podemos elencar alguns estilos de liderança que se encaixam melhor conforme o perfil dos integrantes de uma equipe.

Líderes assertivos e com foco em resultado são lembrados por seu estilo diretivo e de delegação. No primeiro, o líder diz “O quê”, “Como”, “Quando” e “Até quando” o colaborador deve executar determinada tarefa, enquanto o líder de estilo delegativo, ao diagnosticar o que o colaborador sabe fazer, diz apenas “O quê” deve ser feito, deixando a critério do colaborador os demais itens. Ao utilizar estes dois estilos, o líder ganha tempo.

Líderes participativos serão lembrados pelo cuidado com a relação. Dependendo da situação, ensinam como fazer (coaching) ou escutam propostas de quem já sabe como executar. Exercer esses dois estilos de liderança, a fim de que o trabalho seja desenvolvido com qualidade e dentro dos prazos previstos, exige tempo.

Acrescentamos aos estilos de liderança citados acima a importância da observação do comportamento de cada indivíduo diante da tarefa delegada. Quão MOTIVADO e quão COMPETENTE o profissional está para desempenhar as tarefas que são delegadas?

É importante lembrar que não cabe aqui rotular pessoas, porque um mesmo profissional pode ser pouco motivado e pouco competente para determinada tarefa e, no mesmo dia, apresentar alta motivação e alta competência para outra tarefa.

Uma fórmula simples e eficaz é adequar o estilo de liderança ao comportamento do colaborador.

Estilo Diretivo: ideal para os pouco motivados e pouco competentes. Uma vez que não sabem, não têm iniciativa para fazer.

Estilo Coaching: destinado aos motivados, mas pouco competentes. Deve-se ensiná-los como fazer.

Estilo Participativo: direcionado aos pouco motivados, que por alguma razão não têm proatividade, mas são competentes.

Estilo Delegação: aos muito competentes e muito motivados.

Para finalizar, propomos menos alegoria e mais atitude para ser líder. Melhor do que ter fãs e seguidores, é conquistar um legado de qualidade para o trabalho desenvolvido. Naturalmente, os esforços serão reconhecidos.

Siga-nos nas redes