Liderança nos tempos do burnout

É preciso investir mais e mais rápido na capacitação das lideranças

Uma reflexão sobre como promover o equilíbrio emocional do ambiente de trabalho

“Em caso de despressurização, máscaras de oxigênio cairão automaticamente. Puxe uma máscara para liberar o fluxo, coloque-a sobre o nariz e a boca, ajuste o elástico em volta da cabeça e respire normalmente. Auxilie crianças ou pessoas com dificuldades após colocar a sua máscara.”

Essa famosa frase pode provocar diferentes reações, dependendo de como e quando é ouvida. Ao escutá-la pela primeira vez, pensei: que crueldade! Como pensar primeiro em mim, antes de ajudar uma criança ou alguém que precise de ajuda mais do que eu?

É próprio de quem julga, concluir antes de ponderar. Após entender que a despressurização pode levar rapidamente à perda de consciência, percebi que, se os adultos mais aptos não colocarem as máscaras primeiro, provavelmente não terão tempo de ajudar nem a si, nem aos demais e o que restará disso tudo será um elevado número de asfixiados.

Faço uma ponte entre o uso das máscaras de oxigênio e o debate sobre saúde emocional no ambiente de trabalho, que ganha cada vez mais espaço.

São inúmeras pesquisas, levantamentos, estatísticas… Em 2020 a depressão deve ser a maior causa dos afastamentos do trabalho, segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (no Brasil, em 2018, já era a segunda). E isso tudo, antes da pandemia. Outros dados mostram que cerca de 80% dos brasileiros tem algum transtorno mental; mais de 60% apresentam ansiedade severa (em levantamento realizado com quase 500 mil pessoas); 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com os efeitos do estresse, quase metade da população já teve crise de ansiedade e mais de 40% dos trabalhadores reportam algum esgotamento mental devido a causas profissionais – o famoso Burnout.

Sem falar nas questões financeiras. Cálculos da OMS mostram que a queda de produtividade decorrente de transtornos depressivos ou outras questões emocionais gera à economia global perdas anuais em torno de 1 trilhão de dólares.

Voltando às máscaras: imaginemos que as empresas sejam aviões e seus colaboradores, os passageiros. Nesse “céu” cada dia mais turbulento, as “aeronaves” têm sido sacudidas de todos os lados. E, nos não raros momentos de “despressurização da cabine”, tem muita gente “morrendo” asfixiada porque ninguém parece estar totalmente preparado para colocar a máscara em si e depois ajudar quem precisa.

Nesses “aviões” sacudidos de um lado para outro na turbulência da Indústria 4.0 em um ambiente VUCA, quem deveria colocar primeiro a máscara em si e depois ajudar quem precisa? Em minha opinião, seus líderes.

O que vemos, entretanto, são líderes desorientados e muitos, inclusive, se alinhando àqueles que esperam alguém para lhes colocar a “máscara”.

É preciso investir mais e mais rápido na capacitação das lideranças, para que sejam os principais agentes de transformação e confiança desses ambientes, trazendo equilíbrio emocional mesmo diante de condições de muita adversidade e intensa pressão.

Acredito no revigoramento dos modelos de liderança, mais conscientes, próximos e empáticos; definitivamente não há mais espaço para o comando & controle, para a centralização, para concentração do “poder absoluto”. É tempo de trabalhar, seriamente, na implantação do empowerment e accountability, sem jogo de palavras, sem artifícios de marketing. Empoderamento e prestação de contas de verdade, mas com consciência, proximidade e empatia.

O momento é de cuidar do fortalecimento da estrutura mental, gerando condições para administrar as situações de pressão e tensão com mais inteligência emocional, com calma (que não é sinônimo de lentidão), ponderação e resiliência.

Líderes precisam ser seguros, conscientes de como desempenhar seu papel e da crucialidade de suas ações transformadoras; confiantes em sua equipe, agindo com coragem quando necessário e estimulando a ação com empatia e mantendo a proximidade com seus liderados. Assim, se tornam aqueles que, em caso de despressurização da cabine, colocarão a máscara em si e depois ajudarão os demais, mantendo a respiração de todos a mais normal possível, dentro das condições de temperatura e pressão promovidas pelas turbulências da hora. Só quem se cuida é capaz de verdadeiramente cuidar do outro.

Bem-vindos ao debate.

Carlos Henrique Cezar
Sociólogo, Administrador e Especialista em Desenvolvimento Humano
Sócio Executivo e Consultor da operação brasileira da Dynargie

 

Retorno aos escritórios: como lidar com filhos e saúde mental

Retorno aos escritórios: como lidar com filhos e saúde mental

O retorno aos escritórios está levantando uma série de discussões importantes. A principal, é claro, está relacionada diretamente à COVID-19, às novas medidas adotadas nos escritórios, aos cuidados e às mudanças em tempos de pandemia. Sendo assim, a pergunta que fica é: e os filhos? Sem escolas, como voltar à velha rotina? E como se tudo isso não fosse preocupação suficiente, vem a questão da saúde mental dos profissionais. A quarentena e o coronavírus mexeram demais com o emocional de muita gente – e continuam interferindo. Isso faz com que a volta ao trabalho não seja tão fácil como pode parecer.

Retornar aos escritórios ou estender o home office?

Com a flexibilização da quarentena em diversas cidades brasileiras, muitas pessoas estão retornando presencialmente aos ambientes corporativos. Afinal, nos últimos meses, várias empresas começaram a suspender o home office e fazer os times voltarem. A questão é que esse retorno aos escritórios tem causado polêmica. Enquanto há quem que não aguente mais ficar em casa, outros acreditam que o retorno aos escritórios é prematuro. A economia precisa se recuperar, isso é certo. Porém, o cenário ainda é muito inseguro, com o número de mortes e infectados subindo a cada dia.

A pressão do retorno aos escritórios

O retorno aos escritórios em meio à pandemia divide opiniões. Em uma pesquisa publicada pelo jornal Estado de São Paulo, 57% dos entrevistados afirmam temer o contato com pessoas que não seguem as diretrizes de segurança. Sem a vacina, o medo de contágio é enorme e preocupa os colaboradores. Ao mesmo tempo, há um grande receio de perder o emprego em tempos de crise. O estudo ainda aponta que existe uma forte pressão para voltar ao trabalho presencial.

Diversas empresas determinaram a obrigatoriedade do retorno aos escritórios. Isso deixou os profissionais cheios de inseguranças e receios. Por consequência, a tendência é aumentar o nível de tensão e estresse no ambiente de trabalho. Também é possível desencadear dificuldades no convívio com os colegas por conta da prevenção.

O estresse do home office

O retorno aos escritórios traz muitas incertezas e hostilidade em tempos de pandemia. Em contrapartida, o home office tem causado exaustão a muitos trabalhadores. De acordo com uma pesquisa do Centro de Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP), 45,8% dos entrevistados tiveram aumento da carga de trabalho após o isolamento social. Além disso, conciliar atividades pessoais e profissionais com o teletrabalho foi uma dificuldade apontada por 56% das pessoas.

Apesar de outras pesquisas indicarem o sucesso do trabalho remoto, a modalidade possui seus pontos negativos. E o fato de se submeter a uma mudança tão repentina agravou a situação. Não é à toa que um fenômeno, nomeado como “zoom fatigue”, expressa essa nova realidade. Ou seja, as videoconferências também têm sido uma das razões do esgotamento no home office.

Retornar aos escritórios ou estender o home office, eis a questão

Especialistas recomendam que a melhor forma de decidir é dialogar com os colaboradores. Grandes corporações já anunciaram que irão manter o home office, seja permanente, seja de forma híbrida. E o que muitas delas acertaram neste quesito é dar o direito de escolha. Especialistas apostam que em um momento tão delicado, é preciso encontrar formas que sejam confortáveis para todos. Vale lembrar que isso ajuda a amenizar o estresse e manter a produtividade diante de tantos desafios.

Retorno aos escritórios: como ficam os filhos?

O retorno aos escritórios está causando um estresse enorme nos profissionais com filhos. Afinal, como voltar ao trabalho sem as escolas e creches? Sem uma previsão concreta da volta às aulas, muitas famílias ficaram de mãos atadas. Com quem vamos deixar as crianças enquanto saímos para trabalhar? Para quem pode pagar, a contratação de babás tem sido a saída. Mas essa decisão não é fácil, por conta da exposição aos riscos de contágio, a relação e o vínculo com uma pessoa desconhecida, entre outros pontos.

Já para quem pode contar com uma rede de apoio de familiares, como os avós, até tem uma solução. Entretanto, é bastante temeroso deixar a criançada com eles, uma vez que a maioria se encontra no grupo de risco. E ainda tem a preocupação de zelar pelos familiares sem estar de quarentena em casa. Essas são apenas algumas perguntas que ainda estão sem respostas. E dificultam ainda mais a equação entre vida profissional e pessoal.

Por isso, o ideal é que haja compreensão, empatia e diálogo para promover o retorno aos escritórios. As empresas e os líderes precisam conciliar as necessidades dos colaboradores e das operações corporativas. Em uma fase tão desafiadora para toda a população, o que nos resta é apoiar uns aos outros. É preciso lembrar ainda que o home office é a única saída para mães e pais que não querem deixar de trabalhar.

Retorno aos escritórios: atenção à saúde mental dos colaboradores

O retorno aos escritórios exigiu o cumprimento de uma série de normas para combater a contaminação pela covid-19. O que muitos se esqueceram é que a volta para o trabalho presencial também exige uma atenção à saúde mental. Antes da pandemia, a Organização Mundial da Saúde já alertava sobre o aumento de doenças psiquiátricas em 2020. Com o cenário atual, as pessoas se tornam ainda mais suscetíveis a desenvolverem síndromes que acarretarão problemas mais graves num futuro próximo.

Dessa forma, forçar o retorno aos escritórios pode ser ainda mais prejudicial ao colaborador. A atualidade requer um olhar mais empático e coragem para decidir – e às vezes, a melhor opção não é a mais conveniente. Gestões participativas e conversas honestas farão toda a diferença não só no sentido de humanizar as corporações, mas no que diz respeito aos resultados e desempenhos das equipes.

Gerir e liderar pessoas num contexto VUCA

Como gerir e liderar pessoas num contexto VUCA?

O termo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo, Ambíguo), criado na década de 1990 na US Army War College para designar o mundo pós Guerra Fria, nunca foi tão bem empregado como agora. Um vírus virou a vida de todos pelo avesso.

Que dizer da vida atualmente? A volatilidade, caracterizada pela velocidade em que ocorrem as mudanças e seus impactos, é “medida” em horas. A cada nova edição dos jornais as tendências mudam a direção. Essa característica aprofunda as incertezas sobre o futuro. O que fazer para voltar ao trabalho? Quando e como? Dúvidas e mais dúvidas de um tempo em que o conhecimento é altamente perecível.

Não bastasse isso, a complexidade também aumenta, visto que não há qualquer forma de prever o resultado de nossas interações e a maior parte daquilo que pode afetar nossos negócios está fora de nosso controle. Para completar, há ambiguidade em todas as questões do dia a dia, que aceitam várias respostas, com soluções de diferentes impactos.

Como gerir num contexto assim? É, definitivamente, o momento de encerrarmos o ciclo dos super executivos? A era dos super-heróis, aclamados por publicações especializadas, livros e histórias fantásticas, como verdadeiros salvadores de empresas (e países) teria finalmente terminado e aberto espaço para uma gestão mais participativa?

Diante do acrônimo VUCA não há respostas definitivas para perguntas como essas. Uma coisa, no entanto, é certa: um novo modelo de liderança, cuja demanda vinha aumentando antes da pandemia, se torna imperativo!!

Como liderar profissionais de diferentes gerações, com diferentes valores, ambições e motivações? A geração mais velha é mais resiliente, porém com propensão à zona de conforto e aversão ao risco. A mais nova, que almeja protagonismo e propósito no trabalho, é mais ousada que nenhuma anterior, no entanto com menor resiliência aos desafios, obstáculos e armadilhas de um contexto que exige uma maturidade que ainda não tem.

O modelo corrente de gestão de pessoas nos acostumou a novidades e conselhos dos gurus e suas teorias, na maioria das vezes, de difícil prática pelo gestor na dinâmica do dia a dia.

Percebo que à medida em que se aprofunda o conhecimento sobre a natureza do ser humano e o funcionamento de seu intelecto e emoções, multiplicam-se as teorias sobre como liderá-lo. Um segmento de negócios se criou em torno disso e os pensadores americanos se tornaram referência de um modelo que aponta a solução para os problemas, ao mesmo tempo que os deixam por aí. Seriam esses problemas, mutantes que se tornam mais e mais complicados à medida em que os vamos solucionando, demandando novas e modernas ferramentas a cada geração?  Outra pergunta de difícil resposta.

O coronavírus mostrou que convicções estão aí para serem derretidas; não me atreverei trazer as minhas à mesa. Contudo, proponho uma reflexão: teriam os acontecimentos dos últimos dois séculos de capitalismo, alterado a essência do ser humano?

Podem ser múltiplas as respostas. Apesar da evolução e inovação tecnológica, das descobertas sobre a natureza humana, penso que em seu âmago, qualquer homem ou mulher continua esperando o mesmo em uma relação: respeito, reconhecimento e sentido na busca de um objetivo.

Um gestor de pessoas efetivo talvez não seja quem consegue dominar, e agir, de acordo com as complexas relações intelectuais e emocionais de seus colaboradores, mas aquele que, no dia a dia, é capaz de dar espaço a ideias diferentes da sua, fazer boas perguntas e estar disponível a escutar as respostas sem julgamento, atribuir objetivos claros e concretos, desafiar o óbvio e hábito; caminhar junto, ganhar e perder. Ensinar e aprender com seu time.

Bem-vinda, Bem-vindo a um tempo, verdadeiramente VUCA, onde a humanidade está aberta a inovações e, também, em permanente busca de sua origem e essência: a simplicidade, praticidade, coerência e consistência das ações. No mundo corporativo, usar essas características para gerir desempenho e gerar o potencial das pessoas é mais que essencial.

 

Carlos Henrique Cezar
Sociólogo, Administrador e Especialista em Desenvolvimento Humano
Sócio Executivo e Consultor da operação brasileira da Dynargie

Home office: modalidade veio para ficar

As companhias também já afirmaram que o home office continua e, em algumas delas, será permanente.

 

Muitas pessoas sempre duvidaram do home office e questionavam a sua eficácia. Outras encaravam a modalidade como algo para o futuro – mas sabe lá quando. Nesse contexto é que milhares de pessoas no mundo todo aderiram ao teletrabalho. Da noite para o dia, a mesa de jantar, quarto ou até aquele cantinho na sala se tornaram o escritório de muitos profissionais. Mesmo que tenha sido inicialmente no improviso, o trabalho remoto foi a solução para diversas empresas. E o que seria em muitos casos considerada uma medida temporária já contabiliza 3 meses e ainda deve prosseguir por mais algum tempo. Outras empresas acabaram adotando o home office como o novo padrão de trabalho para reduzir custos e aumentar a qualidade de vida dos colaboradores.

O home office até agora

Após pouco mais de 100 dias, é possível dizer que o home office já venceu diversas barreiras. As dúvidas e as inseguranças sobre a sua eficiência foram esclarecidas de forma bastante positiva. Uma pesquisa conduzida pela FEA/ USP em conjunto com a FIA mostrou que 94% dos profissionais consideram-se comprometidos com suas organizações. Mais da metade, 64%, afirma que essa modalidade proporciona mais satisfação, ainda que tenham que atuar por mais horas.

E se o desafio do home office inicialmente era sobre a produtividade, o estudo acaba de trazer as respostas. Para 70% dos entrevistados, o desempenho é igual ou até melhor do que no escritório. Ou seja, aquele papo de que as pessoas trabalham menos em casa não passa de um mito. Essa vivência durante a quarentena permitiu que as pessoas se abrissem às mudanças e apostassem no futuro do trabalho remoto. É o que dizem 71% dos executivos ao considerarem ter uma percepção positiva dessa experiência.

O home office irá continuar?

Muitos diziam que o home office era coisa para o futuro. Pois bem. Esse futuro é agora e veio para ficar. Então, o home office vai continuar? A resposta é sim – pelo menos é o que muitos profissionais desejam. De acordo com a pesquisa, 70% dos respondentes disseram que gostariam de continuar trabalhando de casa, mesmo quando a pandemia passar. Os pesquisadores apontam ainda que o ambiente doméstico é percebido como saudável e seguro, além de favorável ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

As companhias também já afirmaram que o home office continua e, em algumas delas, será permanente. Todo esse movimento trouxe a percepção das vantagens também para o empresário. No âmbito econômico, a modalidade permite reduzir os espaços físicos e o custo operacional, por exemplo. Não é à toa que diversas organizações já começaram a entregar seus imóveis ou estão redesenhando o seu espaço físico.

E já que estamos falando de uma nova realidade, os avanços tecnológicos mostram cada vez mais que o mundo virtual supre boa parte do que fazíamos presencialmente. Salas de reuniões, por exemplo, ganharam uma nova cara através de uma grande variedade de programas e aplicativos. E com a globalização, basta estarmos conectados para trabalhar e nos comunicar de qualquer lugar do mundo. A modernidade chegou e é hora de usufruirmos dela.

Os desafios do home office daqui para frente

O primeiro desafio do home office era quebrar o preconceito e parece já ter sido resolvido. A modalidade vem conquistando cada vez mais adeptos e satisfação, tanto das pessoas, como das empresas. No entanto, ainda há muito o que fazer para construir esse “novo normal”.

Um longo a caminho a ser trilhado

O home office veio para ficar. Entretanto, para que esse “novo normal” realmente se torne realidade, há muito o que fazer. O estudo –Aprendizados e Tendências do covid-19 na América Latina, realizado pela Page Group, mostra o índice de adesão ao trabalho remoto. Entre os que somam mais de 80% atuando remotamente, o Peru e o Brasil apresentaram a menor taxa de adeptos, com 37% e 40,5%, respectivamente. Já a Colômbia, com 58%, e a Argentina, com 54,6%, obtiveram maior êxito dos que representam mais de 80% trabalhando em casa.

Essa pesquisa mostra que ainda estamos bem longe de tornar o home office uma realidade em massa. E uma das razões para isso é a falta de infraestrutura tecnológica para que os profissionais possam atuar em casa com a mesma eficiência do escritório.

Home office: soluções e necessidades para aprimorar a experiência

O home office chegou de forma abrupta na vida de muitas pessoas. Isso fez com que times inteiros migrassem para esse novo ambiente despreparados, sem as devidas ferramentas ou com recursos tecnológicos limitados.

A implementação às pressas foi emergencial. Mas agora é tempo de organizar aquilo que não pudemos fazer no início, ainda que as coisas já estejam caminhando. Isso porque, embora os profissionais tenham “se virado”, até então, essa situação pode gerar uma série de disfunções, insatisfação, estresse e queda na produtividade. Portanto, é hora de realizar o que deveríamos ter feito no início e não pudermos.

Soft Skills a Click Away

A grande maioria das pessoas não estava preparada para encarar uma jornada de trabalho de casa. Afinal, não basta ligar o computador, analisar as planilhas e falar com o chefe por chamada de vídeo. É preciso estabelecer uma rotina de trabalho e manter o espírito de equipe mesmo que virtualmente. Por essa razão, a liderança ganhou uma importância ainda maior, para conduzir reuniões, gerenciar a equipe, motivar e ser capaz de fazer as soluções acontecerem.

Com a simplicidade e praticidade habitual do método Dynargie criamos o Soft Skills a Click Away, composto por três programas que ajudarão você a desenvolver as habilidades necessárias para viver, pensar e estar nessa nova realidade. Os resultados desses programas são duradouros e dinâmicos porque eles são totalmente práticos, com role plays em tempo real e feedbacks imediatos.

Conheça o Soft Skills a Click Away

Os líderes do futuro

Como são os líderes do futuro?

Já estamos falando há algum tempo das mudanças que estão acontecendo em todo o globo. O líder do futuro, antes um conceito, apenas uma previsão, agora é uma demanda urgente. A necessidade de um líder do futuro nunca foi tão presente! Não há dúvida de que a crise da COVID-19 acelerou a busca por um novo perfil de profissional. Por isso, é preciso correr. As lideranças daqui para frente precisarão estar antenadas e preparadas para construir o amanhã.

E para entender quem são esses líderes, suas características e desafios, preparamos este post. Afinal, estamos vivendo o começo de uma nova era, tanto na vida profissional, como na pessoal. Adaptar-se a essa realidade e se desenvolver será primordial para continuar inserido no mercado de trabalho.

Líderes do futuro: mundo VUCA

Os líderes do futuro precisam estar conscientes de que estamos inseridos no mundo VUCA (Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity). As transformações estão a cada dia mais intensas e de difícil previsão. A única certeza que podemos ter hoje é a de que jamais seremos os mesmos, e nem tudo será como antes. A transição está acontecendo agora. Será necessário redesenhar modelos de negócio e atuar para adaptar as empresas a uma outra realidade.

Ambiente dinâmico com o uso adequado da energia

O mundo clama por líderes, capazes de responder com rapidez às complexas mudanças globais. São profissionais conectados e preparados para lidar proativamente com as incertezas porque a previsibilidade não faz parte do mundo VUCA, e as mudanças tecnológicas tendem a avançar na velocidade da luz. “A metodologia da Dynargie já trabalhava o desenvolvimento de profissionais para a criação de um ambiente dinâmico, com o uso adequado da energia. E agora, mais do que nunca, esse preparo se tornou primordial para essa nova realidade que surge”, explica o sociólogo Carlos Cezar, sócio e consultor da Dynargie Brasil.

Líderes do futuro: novas competências e características

O líder do futuro precisa de novas competências, como capacidade de julgamento e tomada de decisões, flexibilidade cognitiva, pensamento crítico, inteligência emocional e gestão de pessoas. Ou seja, conhecimento técnico e habilidade intelectual não serão mais suficientes para gerir daqui para frente. É necessário desenvolver essas e outras competências, que permitam ao líder atuar num mercado que muda a uma velocidade jamais experimentada, onde os conhecimentos são normalmente incompletos para lidar com os desafios cotidianos, em que contextos múltiplos são comuns e a maioria das situações pode ser resolvida de várias formas diferentes.

Curiosidade e criatividade também são importantes para a busca de novos conhecimentos e investigação de diferentes formas de execução do trabalho. Isso porque em um cenário complexo e ambíguo, é imprescindível desaprender para aprender. As soluções já conhecidas ou pré-determinadas não têm mais a mesma eficácia. E o que fará a diferença será o interesse, a investigação, o estudo, a reciclagem de conhecimentos. Dessa forma, é possível evoluir com resoluções mais aderentes. Todo esse conjunto de competências determina o sucesso do desempenho dos líderes.

Líderes do futuro: as principais ferramentas

Para serem ágeis e flexíveis, os líderes do futuro precisam utilizar empatia, comunicação e resiliência como suas principais ferramentas. Mais do que saber fazer, é preciso conquistar a colaboração e contar com a cooperação de todos os integrantes do time. Só assim podem identificar e se antecipar aos desafios e oportunidades.

Comunicação, empatia e resiliência

  • Comunicação: desenvolver essa habilidade é um dos principais fatores para obter um bom desempenho. Isso porque a clareza das informações é primordial para manter a equipe alinhada e atuando em uníssono em prol de um objetivo. Além disso, a transparência da informação transmitida às pessoas ajuda a estabelecer elos de confiança dentro do time. Mais do que mandar, os gestores deverão ser exemplos para os colaboradores, para, assim, poderem apontar a direção certa. Especialistas afirmam que com o desenvolvimento dessa capacidade, os líderes engajarão equipes e farão a diferença.
  • Empatia: diante de um ambiente complexo e dinâmico, os líderes irão lidar com situações que demandam agilidade. E para fazer o time se engajar com a rapidez necessária, a empatia é a peça-chave. Ser capaz de compreender e se colocar no lugar do outro traz o lado humano dos negócios para o dia a dia. Acolher, entender e se importar com os colaboradores gera mais resultados do que qualquer outra metodologia. Isso porque as soluções não estarão mais atreladas à capacidade de resolver uma questão, mas ao potencial de enxergar os problemas através dos olhos dos outros. Com isso, além de promover um ambiente mais aconchegante e confiável entre as pessoas, o líder também poderá obter novos insights.
  • Resiliência: a crise da COVID-19 está deixando o ambiente mais hostil em diversos aspectos. Ter que lidar com o medo e a ansiedade gerados pelo isolamento social por si só já nos coloca sob uma névoa de estresse. Diante desse cenário, é importante ser resiliente ao lidar com as adversidades. Isso também ajuda a evitar que seu time se abale. Em um mundo complexo, ambíguo e volátil, a resiliência transmite aos colaboradores confiança e adaptabilidade, melhorando a agilidade.

Líderes do futuro: do analógico ao digital

Os líderes do futuro devem estar totalmente inseridos no universo tecnológico. A migração final do analógico para o digital está acontecendo nesse momento. A crise já está fazendo com que o mundo online esteja mais evidenciado do que nunca. E quem não estiver conectado, provavelmente perderá espaço no mercado.

Liderar à distância

É preciso liderar à distância. A presença física será mesclada com a virtual, e sua eficiência deverá ser ainda maior. A pandemia fez com que muitos migrassem para o home office. A adaptação ainda está ocorrendo e os desafios desse modelo estão apenas começando. Mas apesar de tudo ter se transformado da noite para o dia, o trabalho remoto já mostrou que veio para ficar. Diversas empresas já anunciaram que, ao fim da crise de COVID- 19, o teletrabalho continuará.

É preciso aprender agora a conduzir com destreza as equipes em formato online, e a Dynargie quer ajudar nesse fantástico desafio. Temos todas as ferramentas, suporte e a expertise de uma empresa que, desde 1982, desenvolve o lado humano dos negócios para colocar em prática os recursos necessários para as corporações se adaptarem às mudanças com tranquilidade.

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