Gerir e liderar pessoas num contexto VUCA

Como gerir e liderar pessoas num contexto VUCA?

O termo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo, Ambíguo), criado na década de 1990 na US Army War College para designar o mundo pós Guerra Fria, nunca foi tão bem empregado como agora. Um vírus virou a vida de todos pelo avesso.

Que dizer da vida atualmente? A volatilidade, caracterizada pela velocidade em que ocorrem as mudanças e seus impactos, é “medida” em horas. A cada nova edição dos jornais as tendências mudam a direção. Essa característica aprofunda as incertezas sobre o futuro. O que fazer para voltar ao trabalho? Quando e como? Dúvidas e mais dúvidas de um tempo em que o conhecimento é altamente perecível.

Não bastasse isso, a complexidade também aumenta, visto que não há qualquer forma de prever o resultado de nossas interações e a maior parte daquilo que pode afetar nossos negócios está fora de nosso controle. Para completar, há ambiguidade em todas as questões do dia a dia, que aceitam várias respostas, com soluções de diferentes impactos.

Como gerir num contexto assim? É, definitivamente, o momento de encerrarmos o ciclo dos super executivos? A era dos super-heróis, aclamados por publicações especializadas, livros e histórias fantásticas, como verdadeiros salvadores de empresas (e países) teria finalmente terminado e aberto espaço para uma gestão mais participativa?

Diante do acrônimo VUCA não há respostas definitivas para perguntas como essas. Uma coisa, no entanto, é certa: um novo modelo de liderança, cuja demanda vinha aumentando antes da pandemia, se torna imperativo!!

Como liderar profissionais de diferentes gerações, com diferentes valores, ambições e motivações? A geração mais velha é mais resiliente, porém com propensão à zona de conforto e aversão ao risco. A mais nova, que almeja protagonismo e propósito no trabalho, é mais ousada que nenhuma anterior, no entanto com menor resiliência aos desafios, obstáculos e armadilhas de um contexto que exige uma maturidade que ainda não tem.

O modelo corrente de gestão de pessoas nos acostumou a novidades e conselhos dos gurus e suas teorias, na maioria das vezes, de difícil prática pelo gestor na dinâmica do dia a dia.

Percebo que à medida em que se aprofunda o conhecimento sobre a natureza do ser humano e o funcionamento de seu intelecto e emoções, multiplicam-se as teorias sobre como liderá-lo. Um segmento de negócios se criou em torno disso e os pensadores americanos se tornaram referência de um modelo que aponta a solução para os problemas, ao mesmo tempo que os deixam por aí. Seriam esses problemas, mutantes que se tornam mais e mais complicados à medida em que os vamos solucionando, demandando novas e modernas ferramentas a cada geração?  Outra pergunta de difícil resposta.

O coronavírus mostrou que convicções estão aí para serem derretidas; não me atreverei trazer as minhas à mesa. Contudo, proponho uma reflexão: teriam os acontecimentos dos últimos dois séculos de capitalismo, alterado a essência do ser humano?

Podem ser múltiplas as respostas. Apesar da evolução e inovação tecnológica, das descobertas sobre a natureza humana, penso que em seu âmago, qualquer homem ou mulher continua esperando o mesmo em uma relação: respeito, reconhecimento e sentido na busca de um objetivo.

Um gestor de pessoas efetivo talvez não seja quem consegue dominar, e agir, de acordo com as complexas relações intelectuais e emocionais de seus colaboradores, mas aquele que, no dia a dia, é capaz de dar espaço a ideias diferentes da sua, fazer boas perguntas e estar disponível a escutar as respostas sem julgamento, atribuir objetivos claros e concretos, desafiar o óbvio e hábito; caminhar junto, ganhar e perder. Ensinar e aprender com seu time.

Bem-vinda, Bem-vindo a um tempo, verdadeiramente VUCA, onde a humanidade está aberta a inovações e, também, em permanente busca de sua origem e essência: a simplicidade, praticidade, coerência e consistência das ações. No mundo corporativo, usar essas características para gerir desempenho e gerar o potencial das pessoas é mais que essencial.

 

Carlos Henrique Cezar
Sociólogo, Administrador e Especialista em Desenvolvimento Humano
Sócio Executivo e Consultor da operação brasileira da Dynargie

Os líderes do futuro

Como são os líderes do futuro?

Já estamos falando há algum tempo das mudanças que estão acontecendo em todo o globo. O líder do futuro, antes um conceito, apenas uma previsão, agora é uma demanda urgente. A necessidade de um líder do futuro nunca foi tão presente! Não há dúvida de que a crise da COVID-19 acelerou a busca por um novo perfil de profissional. Por isso, é preciso correr. As lideranças daqui para frente precisarão estar antenadas e preparadas para construir o amanhã.

E para entender quem são esses líderes, suas características e desafios, preparamos este post. Afinal, estamos vivendo o começo de uma nova era, tanto na vida profissional, como na pessoal. Adaptar-se a essa realidade e se desenvolver será primordial para continuar inserido no mercado de trabalho.

Líderes do futuro: mundo VUCA

Os líderes do futuro precisam estar conscientes de que estamos inseridos no mundo VUCA (Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity). As transformações estão a cada dia mais intensas e de difícil previsão. A única certeza que podemos ter hoje é a de que jamais seremos os mesmos, e nem tudo será como antes. A transição está acontecendo agora. Será necessário redesenhar modelos de negócio e atuar para adaptar as empresas a uma outra realidade.

Ambiente dinâmico com o uso adequado da energia

O mundo clama por líderes, capazes de responder com rapidez às complexas mudanças globais. São profissionais conectados e preparados para lidar proativamente com as incertezas porque a previsibilidade não faz parte do mundo VUCA, e as mudanças tecnológicas tendem a avançar na velocidade da luz. “A metodologia da Dynargie já trabalhava o desenvolvimento de profissionais para a criação de um ambiente dinâmico, com o uso adequado da energia. E agora, mais do que nunca, esse preparo se tornou primordial para essa nova realidade que surge”, explica o sociólogo Carlos Cezar, sócio e consultor da Dynargie Brasil.

Líderes do futuro: novas competências e características

O líder do futuro precisa de novas competências, como capacidade de julgamento e tomada de decisões, flexibilidade cognitiva, pensamento crítico, inteligência emocional e gestão de pessoas. Ou seja, conhecimento técnico e habilidade intelectual não serão mais suficientes para gerir daqui para frente. É necessário desenvolver essas e outras competências, que permitam ao líder atuar num mercado que muda a uma velocidade jamais experimentada, onde os conhecimentos são normalmente incompletos para lidar com os desafios cotidianos, em que contextos múltiplos são comuns e a maioria das situações pode ser resolvida de várias formas diferentes.

Curiosidade e criatividade também são importantes para a busca de novos conhecimentos e investigação de diferentes formas de execução do trabalho. Isso porque em um cenário complexo e ambíguo, é imprescindível desaprender para aprender. As soluções já conhecidas ou pré-determinadas não têm mais a mesma eficácia. E o que fará a diferença será o interesse, a investigação, o estudo, a reciclagem de conhecimentos. Dessa forma, é possível evoluir com resoluções mais aderentes. Todo esse conjunto de competências determina o sucesso do desempenho dos líderes.

Líderes do futuro: as principais ferramentas

Para serem ágeis e flexíveis, os líderes do futuro precisam utilizar empatia, comunicação e resiliência como suas principais ferramentas. Mais do que saber fazer, é preciso conquistar a colaboração e contar com a cooperação de todos os integrantes do time. Só assim podem identificar e se antecipar aos desafios e oportunidades.

Comunicação, empatia e resiliência

  • Comunicação: desenvolver essa habilidade é um dos principais fatores para obter um bom desempenho. Isso porque a clareza das informações é primordial para manter a equipe alinhada e atuando em uníssono em prol de um objetivo. Além disso, a transparência da informação transmitida às pessoas ajuda a estabelecer elos de confiança dentro do time. Mais do que mandar, os gestores deverão ser exemplos para os colaboradores, para, assim, poderem apontar a direção certa. Especialistas afirmam que com o desenvolvimento dessa capacidade, os líderes engajarão equipes e farão a diferença.
  • Empatia: diante de um ambiente complexo e dinâmico, os líderes irão lidar com situações que demandam agilidade. E para fazer o time se engajar com a rapidez necessária, a empatia é a peça-chave. Ser capaz de compreender e se colocar no lugar do outro traz o lado humano dos negócios para o dia a dia. Acolher, entender e se importar com os colaboradores gera mais resultados do que qualquer outra metodologia. Isso porque as soluções não estarão mais atreladas à capacidade de resolver uma questão, mas ao potencial de enxergar os problemas através dos olhos dos outros. Com isso, além de promover um ambiente mais aconchegante e confiável entre as pessoas, o líder também poderá obter novos insights.
  • Resiliência: a crise da COVID-19 está deixando o ambiente mais hostil em diversos aspectos. Ter que lidar com o medo e a ansiedade gerados pelo isolamento social por si só já nos coloca sob uma névoa de estresse. Diante desse cenário, é importante ser resiliente ao lidar com as adversidades. Isso também ajuda a evitar que seu time se abale. Em um mundo complexo, ambíguo e volátil, a resiliência transmite aos colaboradores confiança e adaptabilidade, melhorando a agilidade.

Líderes do futuro: do analógico ao digital

Os líderes do futuro devem estar totalmente inseridos no universo tecnológico. A migração final do analógico para o digital está acontecendo nesse momento. A crise já está fazendo com que o mundo online esteja mais evidenciado do que nunca. E quem não estiver conectado, provavelmente perderá espaço no mercado.

Liderar à distância

É preciso liderar à distância. A presença física será mesclada com a virtual, e sua eficiência deverá ser ainda maior. A pandemia fez com que muitos migrassem para o home office. A adaptação ainda está ocorrendo e os desafios desse modelo estão apenas começando. Mas apesar de tudo ter se transformado da noite para o dia, o trabalho remoto já mostrou que veio para ficar. Diversas empresas já anunciaram que, ao fim da crise de COVID- 19, o teletrabalho continuará.

É preciso aprender agora a conduzir com destreza as equipes em formato online, e a Dynargie quer ajudar nesse fantástico desafio. Temos todas as ferramentas, suporte e a expertise de uma empresa que, desde 1982, desenvolve o lado humano dos negócios para colocar em prática os recursos necessários para as corporações se adaptarem às mudanças com tranquilidade.

Academia Dynargie 2019 apresenta novas ferramentas para gestão e liderança de pessoas

Academia Dynargie 2019 apresenta novas ferramentas para gestão e liderança de pessoas

Realizada em Portugal, a Academia Dynargie 2019 foi palco de muita inovação, com apresentação de ferramentas de gestão e liderança que estarão em uso, em todo mundo, no início de 2020. Com potencial para fazer evoluir e transformar o comportamento tanto de gestores quanto de geridos, as ferramentas Dynargie apoiam a criação de um contexto altamente dinâmico. Propondo o uso da energia estritamente necessária, fortalece o lado humano dos negócios nas empresas que acreditam que, de fato, são feitas por pessoas.

Conheça alguns detalhes das novas ferramentas a seguir.

Academia Dynargie 2019: o evento

A Academia reúne profissionais dos 13 países em que a Dynargie está presente. Duas vezes ao ano, a família Dynargie se encontra para trocar experiências e enriquecer conhecimentos. O intuito é dividir melhores práticas, novas soluções, discutir projetos e inovações e a evolução da própria rede. Tudo isso fomenta a atualização, a formação profissional e a união de todos os integrantes.

Por mais que a tecnologia permita manter contato com pessoas no mundo todo, nada substitui estar “ao vivo” com os colegas de todo o mundo. É o conjunto de todo esse trabalho que reforça os princípios e os valores da marca.

Academia Dynargie e o lado humano

Essa edição da Academia ocorreu na charmosa cidade de Vidago, em Portugal. O encontro apresentou várias inovações que nos manterão up to date para atender nossos clientes em um momento de permanente transformação. As novidades também contribuem para o aprimoramento dos consultores, que frequentemente reciclam seus conhecimentos. A evolução é uma constante e estamos sempre em sua busca.

Academia Dynargie 2019: inovação

O lançamento mundial da D Platform, uma plataforma exclusiva que otimiza o processo de aprendizado em qualquer lugar e em qualquer hora, foi uma das inovações. Ela possibilita o estudo em meio ao corre-corre entre uma reunião e outra, ao deslocamento entre um lugar e outro, e mesmo numa viagem e pode ser utilizada em diversos dispositivos, como computadores, tablets e smartphones.

O projeto vai atender, em conformidade com os tempos atuais, às necessidades dos profissionais e das organizações e ampliar o tempo de contato entre participantes e consultores. Vale ressaltar que a DPlatform não é e-learning ou qualquer outra forma de ensino à distância. É uma ferramenta que complementa e relembra os conteúdos trabalhados nos seminários e consultorias da Dynargie.

O encontro presencial continua sendo fundamental para o processo de desenvolvimento e transformação de comportamentos. O lado humano dos negócios é o coração da Dynargie e os projetos demandam essa proximidade. Após a vivência conjunta, a troca de experiências, o encontro de ideias, a D Platform oferece ferramentas singulares que permitem a continuidade do aprendizado. Alguns exemplos:

  • Mindpal: ajuda na definição de metas, organização de tarefas e planejamento;
  • Biblioteca: disponibiliza buscador, conteúdo dos cursos e textos complementares;
  • Anotações: permite escrever notas, criar diários de desenvolvimento pessoal, anexar arquivos, entre outros.

Academia Dynargie 2019: lançamentos

Dentre os lançamentos, trouxemos na bagagem duas novas dinâmicas, que ampliam a interação e promovem experiências ao ar livre: Peddy Paper e Boxing Experience. Ambas promovem experiências fora do convencional e quando somadas à metodologia Dynargie fomentam o aprendizado e ajudam a elaborar diferentes formas de pensamento e um outro olhar para o mundo.

Peddy Paper – ação vivencial outdoor

O Peddy Paper é uma prova em equipe que, de forma lúdica, envolve os participantes no tema trabalhado e gera um alto nível de comprometimento, otimizando e internalizando o aprendizado e desenvolvimento.

Boxing Experience – gestão de conflitos     

O Boxing Experience é uma dinâmica baseada nos fundamentos do boxe, que ajuda a tangibilizar os conceitos da gestão de conflitos. Quando o time é rico em diversidade, a pluralidade e o choque de ideias surgem e devem ser geridos de forma positiva. O esporte e seus conceitos são grande fonte de inspiração e trazem grande conhecimento e aprimoramento ao mundo corporativo.

Academia Dynargie 2019: mais novidades

O lançamento da ferramenta para Apresentações Impactantes traz nova dinâmica ao método dinérgico, mostrando como a marca está preparada para sua reinvenção e desenvolvimento contínuo.

Apresentações Impactantes, de maneira simples e prática, vai mudar a forma como profissionais de todos os segmentos, áreas e formação, encaram esse temido desafio. Essa ferramenta agregará mais valor à experiência do participante e impactos positivos nos negócios dos clientes.

Academia Dynargie 2019: soluções 2020

Vivemos em um mundo em transformação, conhecido como mundo VUCA: Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity. O conceito define um momento particular da História no qual a tecnologia está totalmente integrada ao cotidiano e as mudanças são constantes na forma como as pessoas se relacionam, seja no âmbito individual ou coletivo, seja no familiar ou profissional. As novas gerações de profissionais e modelos de negócio disruptivos pedem mais simplicidade, prática e consistência nos modelos de aprendizagem. A Academia Dynargie mostrou consciência desse cenário e trouxe a evolução de duas ferramentas já bastante consagradas, a Gestão Dinérgica e a Liderança Personalizada.

As ferramentas foram repaginadas, ganharam uma linguagem ainda mais moderna e uma estrutura que acolhe as demandas do mundo VUCA. Esse formato mantém o DNA do the human side of business da Dynargie, desde 1982, ao mesmo tempo que otimiza seu potencial de gerar transformação no comportamento das pessoas. Houve unanimidade entre os profissionais de todos os escritórios do mundo, quanto ao valor para o participante e o cliente com a introdução dessas inovações. 

Gestão Dinérgica 2.0

A Academia Dynargie 2019 apresentou a Gestão Dinérgica 2.0. Consagrada no mercado mundial, a ferramenta ganhou outra dinâmica, mais adaptada às características do mundo VUCA. Conservando suas características originais, o novo formato amplia a consciência do participante sobre seu mindset e a necessidade (ou não) de atualizá-lo de acordo com o desafio ao qual está exposto.

Liderança 3D

As demandas do mundo VUCA também resultaram no Liderança 3D. Para atender às necessidades de adaptação a uma realidade cada vez mais volátil, a Academia Dynargie trouxe questionamentos importantes: qual o foco do líder, estratégico ou operacional? Com o que está preocupado, com a realidade atual ou futura? Suas ações estão direcionadas para a inovação ou ordem? Curto ou longo prazo? Diante desses desafios, a consciência sobre a configuração mental exige autoconhecimento para reconhecer a maneira mais adequada de lidar com as interações humanas.

É preciso empatia para escuta receptiva nas relações com os colaboradores, conquistando o respeito e a consideração da equipe. É necessária uma mentalidade capaz de se adaptar a cada situação, para agir de forma justa, precisa e com foco no resultado, em tarefas operacionais e em tomadas de decisão estratégicas. A ferramenta ajuda a desenvolver esses soft skills.

Academia Dynargie 2019: case de sucesso

A Academia Dynargie 2019 teve espaço para importantes trocas de experiências e apresentação de cases de sucesso. Destaque para a palestra de Renata Campos, CEO da Takeda Brasil, e uma das executivas mais influentes no cenário brasileiro. Ela contou a sua história e suas experiências profissionais. O ponto alto foi seu depoimento sobre o Coaching Executivo realizado com Joao Barbosa, CEO da Dynargie Internacional, que a ajudou alçar voos maiores. A escalada na carreira ganhou novos horizontes e um incrível desenvolvimento.

Renata Campos destacou ainda a relação positiva entre a Takeda Brasil e a operação local da Dynargie, uma parceria que começou em 2010 com a criação, tailor-made, do PLP Practical Leadership Programme, tendo ela mesma se beneficiado dos conceitos e ferramentas que o programa entrega. Desde esse ano, todos os gestores Takeda são formados no PLP, que foi desenvolvido para se ajustar às caraterísticas únicas da cultura Takeda. O investimento trouxe resultados acima das expectativas.

Liderança: um bom líder deve saber comandar (parte 2)

Para ajudá-lo a saber comandar a sua equipe e se tornar um bom líder, apresentamos a continuação do nosso compilado de dicas.

 

Confira mais dicas de liderança para que você saiba comandar e ajudar a sua equipe a entregar o resultado planejado

No post anterior, falamos sobre os desafios da transição entre as funções de liderado e líder quando aquela promoção acontece e leva à tão almejada liderança. Existe uma grande diferença entre fazer e delegar o que precisa ser feito. Para encarar essa nova fase com excelência e ajudá-lo a saber comandar a sua equipe e se tornar um bom líder, apresentamos a continuação do nosso compilado de dicas. Caso não tenha visto a primeira parte, recomendamos a leitura antes de prosseguir. 😊

Antes de continuar, é importante refletir mais uma vez: quem é o líder? Estar consciente de que a partir de agora você é o responsável pela sua equipe e por apresentar o serviço pronto é imprescindível para assumir o comando e as suas novas responsabilidades. Além disso, é hora de saber que por mais genial que você seja na execução daquele projeto, existem outras prioridades e outros colaboradores que também precisam se desenvolver. Com tudo isso em mente, é hora de partir para as dicas!

Liderança requer organização

Uma vez apresentado ao seu time e conhecendo um pouco mais sobre as experiências e habilidades de cada integrante, é hora de organizar as tarefas. Dedicar um tempo ao que deve ser feito por você e ao que deve ser delegado pode ser uma tarefa bastante complexa. Então, leve em consideração conhecimentos, experiências, o tempo de execução, prioridade, grau de importância, prazo e, sobretudo, pessoas.

Liste também reuniões, ligações, apresentações, análises das planilhas, acompanhamento dos trabalhos, tempo para aprender e para ensinar, entre outras obrigações de seu escopo. Com um amplo cenário, ficará mais fácil organizar e separar o que deve ser feito, quando e por quem.

Como delegar as tarefas

Algumas demandas devem ser feitas por você; outras podem e devem ser delegadas. Após fazer essa distinção, é hora de considerar uma combinação de habilidades, experiências e necessidades exigidas por cada serviço e correspondê-las com os membros da equipe. Há aqueles que são mais técnicos, os mais analíticos, os que gostariam de aprender ou desenvolver-se em outras áreas. Há ainda os destaques em determinados conhecimentos, os que são mais rápidos e produtivos, os minuciosos, com mais networking etc. Esses são alguns dos aspectos que devem ser considerados quando for decidir quem faz o quê.

É preciso pensar também se aquela planilha deve ser feita por apenas uma pessoa ou várias, se o projeto necessita do envolvimento de toda a equipe ou só de parte dela. Avalie inclusive se o colaborador está realmente preparado para encarar o desafio que vai receber, ainda que seja muito talentoso.

Vale ressaltar também que, embora nesse primeiro momento você leve até mais de uma hora tomando decisões, esse tempo acaba se tornando um verdadeiro investimento no resultado. E esse resultado não só envolve a conclusão do projeto, mas também é um exercício de sua liderança. Ao ganhar experiência, isso passa a ser feito em poucos minutos.

Confie no seu time

Uma das grandes dificuldades está em confiar no seu time, ainda mais quando se tem muita experiência na tarefa em questão. Mas sabemos que não dá para abraçar o mundo e fazer o trabalho de todos. Logo, acredite nas pessoas que estão com você, dê um voto de confiança de que elas darão o seu melhor e irão se desenvolver. Muitas vezes, o colaborador pode ser inexperiente ou não fazer aquilo tão bem por falta de treino ou de oportunidade.

Deixe claro o que precisa ser feito

Quando você já definiu quem fará cada coisa, é hora de mostrar o que precisa ser feito. Esclareça cuidadosamente o trabalho, a metodologia, quais são as suas expectativas, acrescente informações ou observações adicionais etc. Aproveite para ouvir e se assegurar de que isso esteja alinhado com a capacidade da pessoa e com o que você espera dela. Confirme se a interpretação e a compreensão estão corretas. Assim, erros, mal-entendidos ou desculpas como “mas eu achei que…” são evitados. A ideia é inspirar com o seu compromisso em estabelecer clareza em todos os aspectos para que o outro também faça o mesmo.

Esteja presente, mas não exagere

Estabeleça o seu nível de apoio e responsabilidade naquela tarefa delegada. Há quem necessite de mais presença e orientação, enquanto outros tocam o barco sozinhos e não precisam de supervisão. Adequar o seu estilo de liderança de acordo com o perfil da equipe ajuda nesse ponto. Mas, lembre-se que é importante estar presente. O desafio é descobrir o grau de presença necessário para que os colaboradores tenham autonomia e você possa colaborar com comentários favoráveis e no timming certo. Ou seja, é preciso estar menos envolvido nos detalhes, mas permanecer essencial no propósito.

Não tente agradar a todos, faça o que deve ser feito

Novos líderes geralmente tendem a querer mostrar serviço aos superiores, a fim de comprovar que a promoção valeu a pena. Ao mesmo tempo, querem conquistar a confiança de sua equipe. Uma receita infalível para ceder mais do que pode e promover um colapso ao tentar “agradar gregos e troianos”.

Mas, por que? Porque para agradar, é normal dizer sim a tudo e se esquecer que existem prioridades, prazos e outros interesses em jogo. Por exemplo, alguém que queira ser um chefe legal pode atender o pedido de um colaborador para adiar algum prazo. Porém, essa gentileza pode impactar na demanda de outro colega ou no recebimento de algum pedido, comprometendo todo o cronograma.

O que fazer? Liderar é realmente uma tarefa gigante e difícil, especialmente no começo, quando a pouca experiência nos desafia. Por isso, é importante saber negociar quando necessário e aprender a dizer:

  • “Sim”,
  • “Sim, contanto que”,
  • e “Não”.

Infelizmente, não é sempre que podemos aceitar certas demandas e às vezes temos até que recusar um projeto. É preciso discernimento para dar a melhor resposta, visando tanto a questão humana como o business, e ter a atitude de fazer o que deve ser feito.

Liderança: saiba comandar (parte 1)

Liderança: saiba comandar

Conheça algumas dicas de liderança para que você saiba comandar e ajudar a sua equipe a entregar o resultado planejado

Após muito trabalho duro, eis que chega a tão almejada promoção: você está na liderança! Às vezes, não há nem um tempo para se acostumar com a ideia, no mesmo dia assume orgulhosamente o seu posto. Embora já tenha a admiração de seus pares e superiores por sua disposição para arregaçar as mangas e fazer acontecer, a transição pode ser uma fase bem difícil ao descobrir que um bom líder deve saber comandar. Você sabe mesmo comandar?

Antes de responder, é sempre bom lembrar que comandar não significa apenas delegar tarefas aqui e ali e cobrar. É preciso ir muito além disso para exercer a sua liderança e ainda corresponder a todos os anseios de sua equipe, que quer aprender, crescer, contribuir. Essa mudança é grande e pode ser bem frustrante quando não estamos preparados ou quando não compreendemos a diferença entre os dois universos – líder e liderado. Pensando nisso, preparamos um passo a passo para você se sair bem e conseguir liderar com sucesso.

O que fazer antes de comandar

  • Reflita: o primeiro passo é uma reflexão sobre suas habilidades, competências, pontos a desenvolver e o que precisa ser feito. As responsabilidades e o trabalho aumentaram: agora não basta apenas realizar a tarefa, é preciso lidar com prioridades, entregas, estratégias e, sobretudo, pessoas. Nesse momento, pode parecer tolo comentar, mas você precisa ter a consciência de quem está no comando e quem é o responsável por apresentar o serviço pronto.
  • Mindset: quando tiver a certeza de que agora você é o líder, é hora de virar a chave e configurar o seu mindset para a atual situação. A partir desse ponto, a liderança se consolidará dentro de você.
  • Reconheça: embora você saiba realizar o projeto e o faça com impressionante maestria, há outras funções que merecem a sua atenção. Então, lembre-se da máxima “quem faz várias coisas ao mesmo tempo, não faz nada direito” e reconheça que não dá para abraçar o mundo. Você precisa ter foco e saber delegar adequadamente.
  • Confie: se você compreendeu verdadeiramente o que representa essa mudança e que não há energia, nem tempo para acumular as tarefas de antes com as novas com a mesma qualidade de sempre, é hora de confiar no seu time. É entender que o trabalho será bem feito e entregue no prazo, justamente porque seus colaboradores estarão focados nisso.

Como conquistar o comprometimento da equipe para liderar

Apresente-se e conheça a equipe: antes de sair distribuindo tarefas, que tal conversar com a equipe antes? É importante estabelecer um primeiro contato, contar um pouco de você e sua trajetória e conhecer a história de cada um deles. Isso vale também para quem já conhece a equipe – que aliás, ganha uma pequena vantagem nesse caso, pois pode se tornar uma oportunidade de conhece-los melhor e estreitar os laços.

Alinhamento e objetivos: é importante que a equipe tenha informações que respondam os porquês. Quando você apresenta um contexto, explica onde cada uma se encaixa, compartilha as suas razões, deixa claro os objetivos e mostra as oportunidades, o time entende o que está em jogo e fica mais propenso a se importar e a abraçar a sua causa. Assim, as pessoas já saberão desde o início o que está sendo pedido, o motivo, a relevância e porque merece a dedicação deles. Um alinhamento franco e bem feito ajuda na motivação, e deve ser repetido, em grupo ou individualmente, sempre que necessário.

Há ainda mais alguns passos que vamos expor para te ajudar a comandar de forma bem-sucedida e ser um grande líder. Confira no próximo post. 😉

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