O Atendimento ao Cliente e o mundo essencialmente digital

Mudanças representam as transformações que vivemos constantemente, sempre nos adequando a novos formatos sociais e econômicos, que trazem impactos na maneira de consumir e de valorizar nossas experiências enquanto consumidor.

De uma hora para outra, milhares de pessoas se viram consumindo pela internet, e muitas empresas precisaram se adequar ao novo cenário. Muitos atendimentos foram transferidos para home office, exigindo novas habilidades dos atendentes, que passam a protagonizar e ter mais autonomia, já que estão trabalhando isolados, com suporte on-line de seus gestores e, por vezes a falta deste, vivenciando uma experiência totalmente diferenciada.

Neste sentido, investir em atendimento tem ganhado importância e notoriedade à medida que os atendentes precisam trabalhar novas competências.

O interesse por esse tema pode ser sentido no aumento da demanda pelos programas de Treinamento de Atendimento ao Cliente da Dynargie, na ordem de 300%.

Como o Atendimento ao Cliente influência os negócios?

O atendimento é uma área estratégica para a empresa, portanto, influencia diretamente os negócios de diversas maneiras, uma vez que cuida do maior ativo da empresa, o cliente. E quando esse cliente está insatisfeito cancela sua assinatura/contrato ou migra para outro fornecedor, afinal há muitas opções de produtos e serviços disponíveis no mercado. Dessa forma, mais do que nunca as empresas precisam tratar o tema como prioridade para os negócios. Essa mentalidade, deve fazer parte da empresa como um todo e não somente responsabilidade da Área de Atendimento.

O atendimento no Brasil e no mundo vem evoluindo?

É notável o aumento global do uso do WhatsApp em conversas relacionadas ao atendimento e suporte ao cliente, as tecnologias têm sido rapidamente incorporadas ao atendimento para facilitar a gestão do cliente. Mas como o atendimento não é feito só de tecnologia e sim, por pessoas e para as pessoas, as empresas constantemente investem na capacitação de seus recursos humanos, para ter mais empatia e comprometimento ao oferecer os seus serviços.

Quais as habilidades que os colaboradores do atendimento devem possuir perante as mudanças?

Motivado pela emergência e velocidade do consumo on-line o consumidor, que já exigia das empresas um atendimento diferenciado, rápido, interativo e de qualidade, elevou ainda mais o seu padrão de exigência, esperando que as empresas ofereçam empatia, melhor comunicação e, principalmente, boa experiência ao cliente (CX – customer experience). As empresas que oferecem um padrão superior de experiência, fidelizam e aumentam suas vendas para esses clientes.

Além disto, a boa comunicação passou a ser uma condição preponderante, pois, vivemos um mundo com mais conversa, o atendimento se popularizou, e a utilização de mensagem digital foi impulsionada. Interagimos com clientes por mais de um canal, o que torna a flutuação entre canais mais fáceis para atender demandas momentâneas, mas que, por outro lado, precisa de pessoas mais preparadas, com facilidade de comunicação escrita e oral, para lidar com toda essa agilidade.

Quais os papeis que atendimento exerce nesse novo momento?

O atendimento é a voz da empresa, exerce dois grandes papeis: o de Embaixador e de Médico.

  • Embaixador – representante da marca, cuida da imagem da empresa perante o cliente. Representar alguém numa embaixada demanda alto grau de simpatia, proatividade, disponibilidade e cortesia, qualidades que tornam o atendimento um momento inesquecível e desperta a vontade de voltar.
  • Médico – Quando sentimos dor, queremos ser atendidos por alguém que compreenda a origem dos sintomas e a razão do desconforto para o mais rápido possível, encaminhar a solução. Um bom médico é aquele que faz perguntas e escuta a resposta para elaborar seu diagnóstico e prescrever o medicamento mais adequado para cada situação. Quando um cliente procura o serviço de atendimento de uma marca com uma “dor”, espera encontrar um “médico empático”, que o escute e faça perguntas até compreender a razão de seu desconforto para encaminhar a solução mais adequada.

Para exercer esses papeis precisamos desenvolver nos colaboradores a mentalidade de um “embaixador” e de “médico”, que busca permanente e consistentemente transformar cada contato com o cliente num momento inesquecível, no qual a promessa da marca lhe foi entregue.

Por que o atendimento tem que ser causar uma boa impressão logo no início?

Quem já ouviu a expressão a primeira impressão é a que fica? Certo que sim. É provável que nunca teremos uma segunda oportunidade de causar uma primeira impressão positiva. Os primeiros 5 minutos de contato com o cliente são decisivos para causar uma boa impressão. Portanto, logo de início precisamos criar atmosfera adequada, expressando uma atitude positiva durante toda a relação com o cliente, entregando-lhe sempre a melhor solução.

Por que a escuta e o entendimento da informação do cliente são importantes?

É importante escutar bem o cliente. E há diferença entre ouvir e escutar, a escuta está dividida entre ativa e reativa. Nossa capacidade de escuta não é de 100%, por isso, quando o cliente começar a falar, o atendente tem que manter o foco na escuta para compreender e não para responder, concentrar-se e, principalmente, tomar notas. Depois reformular e validar o entendimento da informação que acabou de receber, para ter certeza de que compreendeu corretamente tudo que foi dito.

Desenvolver a habilidade de escutar ativamente é um ponto chave, para demonstrar maior empatia e consequentemente, promover a melhor solução para cada cliente.

Conte com o apoio da consultoria da Dynargie para mudar!

A Dynargie oferece um gama de treinamentos para o Atendimento ao Cliente.  A consultoria traz em seu DNA o desenvolvimento do human side of business através de uma metodologia exclusiva.

Não é por acaso que ao longo de sua história, a Dynargie tenha transformado pessoas e empresas para serem bem-sucedidas, sustentáveis e felizes. Só no Brasil, são mais de doze anos de atuação nas mais diversas áreas, como gestão, vendas, liderança, atendimento, coaching, entre outras. A metodologia proporciona com sucesso ganho de tempo, maior foco nas atividades inerentes aos cargos de liderança, desenvolvimento e engajamento da equipe, diminuição de retrabalho e controle do estresse, assim como maior produtividade e lucratividade.

 

Andrea Cequiguti

Graduada em Administração, pós-graduada em Administração em Negócios pelo Instituo Mackenzie, com 15 anos de experiência em área de atendimento. Sócia e Consultora da operação brasileira da Dynargie.

Saúde Mental – Prioridade na Agenda das Empresas

A atenção à saúde mental no trabalho tornou-se grande preocupação e prioridade na agenda das empresas.

Nesse cenário de enorme desafio que estamos enfrentando, bilhões de pessoas, no Brasil e no mundo, viram suas rotinas mudarem completamente. A incerteza em relação ao futuro tem gerado ansiedade, depressão e como consequência, agravado a saúde mental das pessoas.

Em uma recente pesquisa realizada em 11 países pela Workplace Intelligence em parceria com a Oracle com mais de 12.000 profissionais de todos os níveis e características de trabalho, 89% dos entrevistados relataram que a saúde mental foi afetada negativamente pela pandemia.

A atenção à saúde mental no trabalho tornou-se grande preocupação e prioridade na agenda das empresas. Frequentemente, a Dynargie é demandada para propor ferramentas e recursos que ajudem as lideranças em seu papel de preservar e recuperar o equilíbrio dos colaboradores que enfrentam dificuldades relacionadas à ansiedade, depressão e burnout.

Investir na saúde mental é um processo contínuo e que necessita sim de metodologia e ferramentas, na busca do bem-estar e da produtividade.

Como trabalhar a saúde mental no ambiente corporativo?

Neste momento, o papel dos líderes no apoio à equipe ganha ainda mais importância, incluindo ajudar em aspectos que envolvem a saúde mental, mapeando situações no ambiente de trabalho, estimulando a proximidade e o diálogo, trocando experiências, acolhendo e dando apoio aos colaboradores para que mantenham uma dinâmica, mesmo em home office, que continue produtiva e gerando resultados.

Aqui vão algumas dicas sobre como trabalhar a saúde mental no ambiente corporativo:

  • Mapeamento – é necessário entender bem o seu “universo”. Mapear a situação, o que tem impactado o ambiente e gerado pressão acima da média, índice de crescimento e quantidade de colaboradores sofrendo com esses transtornos. Preparar gestores para conduzir conversas e oferecerem respostas a questões sobre a saúde mental.
  • Cultura – no lugar de apenas informar a visão da empresa sobre a questão da saúde mental, é importante tangibilizar cuidados, implementando programas de prevenção aos riscos emocionais, incentivo às práticas que melhorem a qualidade de vida, treinamentos etc. Valorize o colaborador e sua experiência com a empresa.
  • Experiências: um aspecto que emergiu com a pandemia foi a quebra do tabu em torno das doenças emocionais. Antes tidas como questões psiquiátricas, que se restringiam à loucura, agora são encaradas com mais “naturalidade” e quase todo mundo já sentiu algum nível de desconforto no ambiente corporativo. Portanto, a universalidade da experiência deve ser compartilhada, principalmente por aqueles que estão no poder. Como líder, ser sincero sobre seus problemas de saúde mental deixa seus colaboradores à vontade para conversar e confidenciar seus próprios desafios psicológicos.
  • Comunicação: criar uma conexão por diálogo, reservar um tempo para escutar o colaborador. Ter uma conversa, ainda que breve, se tornou muito importante. Trabalhar em home office é, quase sempre, um caminhar solitário e nesse ambiente não é fácil perceber sinais de alguém que está enfrentando dificuldades.
  • Flexibilidade Inclusiva: além de estabelecer o diálogo, incentivar que ele seja frequente, pois somente assim o gestor poderá identificar possíveis problemas, propor solução e reiterar práticas favoráveis a uma boa saúde mental. A flexibilidade inclusiva parte de uma comunicação proativa, estabelecendo ações que ajudam as pessoas a criar e respeitar os limites de que precisam.

Ferramentas e recursos dinérgicos para apoiar os gestores

A Dynargie dispõe de metodologia e ferramentas para ajudar os gestores no desempenho do papel de ajudar as empresas a cuidarem da saúde mental dos colaboradores.

  • PlayWell (Gestão do Estresse) – um workshop que promove reflexão, debate e um plano de ação concreto para geração de um ambiente de bem-estar na organização. Com ferramentas simples, práticas e consistentes, nossos consultores ajudam os participantes a identificarem soluções que possibilitam gerenciar e manter o equilíbrio emocional (seu e de suas equipes) em relação às tensões do dia a dia, atuando preventivamente em função do bem-estar.
  • Inteligência Emocionalcapacitar o participante para identificação das emoções básicas e compostas que influenciam os nossos comportamentos cotidianos e em situações de estresse, sejam pessoais ou profissionais. Através do uso de dinâmicas lúdicas, construir uma estrutura de pensamento que contribui para o uso das emoções como aliadas pessoais e na gestão de pessoas.
  • Soft Skills a Click Away a partir da identificação (já durante a pandemia) dos principais gaps na gestão entre os ambientes presencial e remoto, a Dynargie criou três programas exclusivos para o desenvolvimento de competências a serem utilizadas para gestão e influência de pessoas e condução de reuniões. São novos conhecimentos que permitem aos participantes aprender como gerar, no ambiente virtual, o dinamismo necessário para obtenção de resultados, com uso sustentável da energia dos participantes.
  • YONDYÉ um mindset Dynargie que combina todos os métodos e ferramentas digitais inovadores, com o propósito de integrar a dimensão humana em todas as nossas experiências remotas de treinamento e aprendizagem. YONDY torna nossas interações online com os participantes mais leves, integradoras (valorizando a dimensão social) e efetivas, minimizando o desgaste naturalmente envolvido nessas situações.

Educação corporativa: muito mais que conhecimento

A educação corporativa é uma estratégia de gestão que cresce cada vez mais no universo empresarial.

A educação corporativa é uma estratégia de gestão que cresce cada vez mais no universo empresarial. Trata-se de um processo de aprendizagem e evolução contínua da equipe, que preenche as lacunas da formação tradicional. Isto é, implica na promoção de conhecimentos e qualificações articulados de acordo com o contexto e perfil da empresa. Em outras palavras, é um investimento no capital humano que logo se reflete em resultados, conquistas e inovação. Essa ferramenta ainda se transformou em uma das soluções mais eficientes para as corporações emergirem com sucesso dos tempos de crise. Conheça a seguir 5 motivos para investir em educação corporativa.

Profissionais mais bem preparados

O aprendizado contínuo é um dos principais benefícios da educação corporativa. Isso faz com que a equipe esteja sempre em plena evolução e antenada com os avanços do mundo. Por consequência, o colaborador se torna mais bem preparado para encarar não só o cotidiano, mas os desafios do amanhã. E por falar em futuro, estimular o desenvolvimento das pessoas ajuda a manter a empresa competitiva e a evoluir com o tempo.

Desenvolvimento técnico

A educação corporativa pode deixar seus colaboradores atualizados e atentos com as principais tendências do mercado. O desenvolvimento técnico acontece por meio de cursos, workshops e palestras, acrescentando as tendências, updates e aprimoramentos à expertise do profissional. Assim, todos os lançamentos e novidades podem ser incorporados, mantendo a empresa alinhada com os avanços mercadológicos. Essa ferramenta permite ainda que o profissional identifique competências e interesses. Assim, ele pode aperfeiçoar tópicos de domínio, adquirir conhecimentos específicos ou aprendizados em outras áreas, conforme a estratégia de gestão.

Desenvolvimento humano

O desenvolvimento humano é um dos pontos primordiais no quesito educação corporativa. Isso porque o mercado atual requer muito mais do que o conteúdo proveniente da formação tradicional. Não é só conhecimento técnico, mas também habilidades comportamentais. Ou seja, um conjunto de atitudes e comportamentos que tornem o profissional preparado para encarar melhor o dia a dia. Afinal, no mercado, o profissional precisa complementar e atualizar o conteúdo proveniente da formação tradicional. Na prática, um bom exemplo disso é o preparo de gestores para gerir pessoas. Eles evoluem de chefes para verdadeiros líderes, que inspiram e engajam a sua equipe.

Ambiente de trabalho mais agradável e produtivo

A educação corporativa supre em muitos aspectos o que a educação formal não consegue oferecer. Mais do que teorias e conhecimentos, a ferramenta desenvolve habilidades pessoais importantes no dia a dia. Por exemplo, relacionamento interpessoal, comunicação, gestão do estresse, gerenciamento do tempo. Essas competências contribuem bastante na relação entre pares, superiores e subordinados. Naturalmente, o ambiente de trabalho fica mais agradável e produtivo.

Melhor atendimento, mais vendas

A Disney é reconhecida mundialmente quando o assunto é atendimento. De fato, o sucesso é baseado na arte de encantar clientes – ou melhor, convidados, como são chamados. O treinamento visa preparar os profissionais de acordo com os valores e princípios da empresa, fazendo com que todo o time fale a mesma língua. Partindo dessa ideia, a educação corporativa atua com o desenvolvimento das pessoas alinhado com a cultura empresarial e a estratégia da gestão. E como vimos, as habilidades comportamentais ajudam nos relacionamentos interpessoais. Isso, por sua vez, proporciona melhora no departamento comercial.

Com vivências e treinamentos que aprimoram a comunicação das pessoas, as negociações ganham vantagens. A experiência do cliente e o relacionamento se tornam mais satisfatórios, além de estimular a recompra e as indicações espontâneas. E com mais vendas e metas cumpridas, temos profissionais realizados e a corporação em crescimento!

Maior satisfação no trabalho

A educação corporativa promove maior realização no trabalho porque soluciona uma necessidade coletiva. Os profissionais hoje, especialmente as novas gerações, querem crescer e se desenvolver profissionalmente. Mais do que um salário, as pessoas querem ser felizes e se sentirem completas com aquilo que fazem. Então a educação corporativa traz mais conhecimento, que, consequentemente, deriva em resultados, conquistas, maior e melhor produtividade. Com toda a certeza, ingredientes essenciais para a pessoa ter mais prazer em seus afazeres e no seu dia a dia.

  • Retenção de talentos: profissionais felizes enxergam na corporação um ambiente favorável para conquistar os seus objetivo E assim, as empresas mantêm seus talentos.
  • Engajamento da equipe: a equipe sente a consideração da empresa e retribui com mais empenho e dedicação no cotidiano.
  • Valorização: com a educação corporativa, os profissionais também podem construir com a empresa o conhecimento necessário para alçar voos cada vez maiores.
  • Motivação: conhecimento, desenvolvimento, resultados e realizações deixam a equipe comprometida a dar o seu melhor e evoluir seus projetos.

Inovação, criatividade e qualidade

É comum sair do ambiente acadêmico com conhecimentos e teorias, mas pouca habilidade prática. Neste ponto, a educação corporativa oferece o benefício de capacitar o colaborador para executar a sua função de forma eficiente, segura e proativa. Esse complemento, que mistura habilidades comportamentais e técnicas, resulta no maior domínio do trabalho. Por consequência, promove confiança para colocar em prática o aprendizado ou evoluir o que já sabia. Isso aumenta a qualidade da entrega.

Com esses progressos, os colaboradores adquirem flexibilidade e versatilidade para lidar com mudanças e transformações. Além disso, a educação corporativa e o conceito de desenvolvimento fomentam a criatividade. Em um ambiente saudável e com pessoas preparadas, o terreno se torna fértil para obter insights e criar. O fruto de tudo isso é a inovação – elemento mais buscado nesse mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) em que vivemos.

A crescente demanda por um novo perfil de gestor e o desafio da sociedade brasileira em atendê-la num curto prazo

 

A crescente demanda por um novo perfil de gestor e o desafio da sociedade brasileira em atendê-la num curto prazo

Entre tantas mudanças que vivemos, uma coisa continua igual: instituições públicas e privadas, laicas e religiosas, com ou sem fins lucrativos, continuam (e continuarão) dependendo de resultados para se manterem e crescerem. A grande diferença é que além da geração desses resultados, agora a sociedade exige:

  • Sustentabilidade socioambiental. Há grupos de investidores que decidiram aportar recursos somente em empresas certificadas pela ESG (Environment, Social and Governance), que atesta a capacidade de operação sustentável.
  • Saúde física e emocional para as pessoas. Cada vez mais uma questão indiscutível. Além do fator humano envolvido, as doenças ocupacionais geram globalmente prejuízos anuais acima de US$ 1 trilhão.

No centro dessa “roda viva” encontra-se o gestor, que continuará sendo o principal guardião da produtividade, do controle de custos e da rentabilidade, só que num ambiente muito mais desafiador.

Desse ser humano, inserido nesse contexto de crescente complexidade espera-se, de um lado, que lide com a Inteligência Artificial, sendo capaz de julgar e tomar decisões a partir de uma infinidade de variáveis e cenários projetados. A expectativa é de que ele tenha pensamento crítico, que significa olhar um problema a partir de perspectivas diferentes, fazer as perguntas certas para identificar as causas e buscar soluções. Ele também tem que saber negociar, conciliando as diferenças e coordenando suas ações de acordo com as ações de outros.

De outro lado, que possa gerir pessoas, sejam essas de sua equipe, seus gestores ou clientes. Agora com um “tempero” a mais: isso passa a ser feito de forma remota e presencial.

Para exercer esse lado do papel, além das competências já citadas, o gestor terá que agregar ainda uma boa capacidade de gestão do tempo, de se comunicar de forma empática às vezes e assertiva outras; gerir conflitos de forma positiva, planejar e executar adequadamente. Complementando o cardápio, coragem para implantar de forma prática o hábito da delegação, com empowerment e accountability de verdade.

E delegação coloca foco em outra importante questão: a capacitação técnica e comportamental dos profissionais nos níveis de base. Até que ponto essas pessoas estão preparadas para serem delegadas? A maioria das pessoas no interior das organizações, grandes ou pequenas, ainda respira o “ar saturado” do comando & controle, sem nunca ter sentido o “frescor” da autonomia e responsabilização, que gera desenvolvimento pessoal e aumenta a capacidade para propor melhores soluções em uma espiral ascendente.

Como pano de fundo desse cenário, para falarmos da realidade brasileira, temos uma educação formal extremamente deficitária em relação ao ensino do pensamento crítico, capacidade de julgamento e tomada de decisão, negociação e coordenação de ideias, comunicação empática e assertiva, gestão positiva de conflitos, planejamento e execução. Sem contar que curso superior nenhum capacita a gerir pessoas.

Para o Brasil competir no cenário global futuro, muito tem de ser corrigido do modelo atual de educação, porque não basta só investir, tem que investir do jeito certo.  Por outro lado, qualquer impacto positivo de um novo modelo de educação, só será percebido quando as gerações futuras de gestores (e geridos) estiverem no mercado.

E como atender à crescente demanda por esse novo perfil de gestor, hoje? É urgente abreviar o caminho, criar atalhos simples, práticos e consistentes para aportar essas competências na geração atual de gestores (e geridos).

Há um rico debate sobre a mesa. Convidamos você a participar.

 

Carlos Henrique Cezar

Sociólogo, Administrador e Especialista em Desenvolvimento Humano
Sócio Executivo e Consultor da operação brasileira da Dynargie

Saúde mental: a importância de promover bem-estar nas empresas

Precisamos falar de saúde mental

A saúde mental já era uma pauta importante prevista para 2020, por conta do aumento dos transtornos psiquiátricos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, essas síndromes se tornariam a maior causa de afastamento do trabalho. E com a chegada do novo coronavírus e seus impactos em bilhões de pessoas, novos alertas foram acesos. No mundo corporativo, essa urgência chega a ser mais importante que qualquer estratégia ou plano de negócios. Em tempos de crise, ter a mente saudável vira um fator determinante para o presente e para o futuro. Esse aspecto é e será capaz de determinar a competitividade e o crescimento da empresa daqui para frente.

Saúde mental e a quebra de tabu

O primeiro passo para investir em saúde mental e desfrutar dos inúmeros benefícios é quebrar o tabu. Ainda há quem acredite que as doenças psiquiátricas se restringem à loucura. No mundo corporativo, o olhar preconceituoso costuma classificar a depressão, por exemplo, como preguiça, frescura ou fraqueza. Mas a verdade é que nenhuma dessas definições condizem com a seriedade e o cuidado que essa questão merece.

Panorama sobre a saúde mental

Os dados sobre a saúde mental são bastante alarmantes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, há quase 1 bilhão de pessoas convivendo com algum transtorno psiquiátrico. E a falta de cuidado com a saúde mental pode acarretar consequências drásticas, como o uso nocivo de álcool. Isso, por sua vez, leva à morte 3 milhões de pessoas todos os anos. Estima-se ainda que a cada 40 segundos, alguém perde a vida por suicídio.

Saúde mental em tempos de pandemia

Portanto, se o cenário sobre a saúde mental das pessoas já chamava atenção, agora a situação ficou ainda pior. A OMS abriu um alerta sobre o impacto da pandemia de COVID-19 na saúde mental de pessoas no mundo todo. No estado de São Paulo, metade da população afirma sentir ansiedade ou nervosismo com frequência, desde o início da pandemia. É o que mostra uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Essa alteração na saúde mental dá uma pequena noção de como o novo coronavírus está influenciando o cotidiano das pessoas. Ainda de acordo o estudo, sentir-se triste e deprimido passou a fazer parte da rotina de 39% dos entrevistados. E quase 30% das pessoas enfrenta problemas ao dormir. Vale ressaltar ainda que a qualidade do sono influencia diretamente em nossa saúde mental. Uma noite mal dormida, por exemplo, afeta a disposição e o humor. Como consequência, isso pode prejudicar diretamente o nosso convívio social, a atenção e a produtividade.

Saúde mental: os cuidados

Já deu para perceber que os cuidados com a saúde mental são imprescindíveis. Mas essa missão não está restrita apenas ao RH nem se resume a acabar com o preconceito acerca dos problemas emocionais. É preciso atuar em diversas frentes da corporação a fim de promover bem-estar e melhorar o ambiente de trabalho. 

  • Cultura empresarial: a saúde mental e o bem-estar devem fazer parte da cultura organizacional. Por isso, uma revisão e um melhor direcionamento serão importantes para pautar as ações. Esses valores servirão de base para que todos os colaboradores possam seguir em uníssono na mesma direção. Vale ressaltar ainda que a tendência é valorizar os colaboradores e a experiência deles na empresa.
  • Gestão: os cuidados com a saúde mental dos colaboradores dependem de uma gestão mais humanizada. A preocupação não deve estar somente no planejamento, divisão de tarefas e prazos, mas também, em cuidar do ativo mais importante que as empresas possuem: as pessoas.
  • Liderança: é imprescindível oferecer suporte às lideranças. Isso significa proporcionar técnicas e ferramentas para ajudar na construção do bem-estar no trabalho e na promoção da saúde mental. Além disso, os gestores devem demonstrar apoio àqueles que procuram por zelo emocional. Lembre-se que os líderes devem dar o exemplo de autocuidado, bem como serem os responsáveis por vivenciar a cultura organizacional no dia a dia.
  • Informação: promover a prevenção e cuidado com a saúde mental requer ainda uma ferramenta importantíssima: a informação. Com o conhecimento será possível acabar com o tabu e o estigma dos transtornos psiquiátricos. Por consequência, as pessoas estarão mais cientes da seriedade do problema e mais solícitas umas para as outras.
  • Autoconhecimento: por fim, mas não menos importante, o cuidado com a saúde mental precisa de autoconhecimento. Isso é primordial para identificar e gerenciar as emoções dentro e fora do trabalho.

Como aplicar todo esse cuidado com saúde mental

Promover cuidados com saúde mental e bem-estar no trabalho é uma missão bastante desafiadora. É preciso trabalhar diversas frentes para atingir o objetivo. Na metodologia Dynargie, a consultoria utiliza toda a sua expertise para avaliar o empreendimento como um todo. Esse olhar neutro é capaz de identificar agentes estressores que possam prejudicar o ambiente de trabalho, por exemplo. Além, é claro, de implementar as ações necessárias para solucionar e aprimorar a gestão.

O programa PlayWell, por exemplo, atua diretamente na gestão do estresse. Os consultores levam conhecimento e ferramentas para que os colaboradores possam administrar melhor as tensões do dia a dia. Além disso, também acompanham os resultados e traçam um plano de ação em conjunto com os participantes. Isso faz com que os líderes e a equipe tenham uma experiência de trabalho mais satisfatória.

Como consequência desse cuidado com a saúde mental, as empresas conseguem prevenir os transtornos mentais e outras doenças. Consequentemente, poupam gastos com tratamentos e prejuízos com o absenteísmo. Além disso, o time se sente mais valorizado. Quando as pessoas sentem que existe uma consideração honesta, a tendência é criar uma conexão maior com a corporação. O bem-estar no trabalho favorece ainda a produtividade e a proatividade. Como consequência, os colaboradores atuam com mais engajamento e habilidade. Isso sem falar que a marca conquista uma imagem positiva com os consumidores stakeholders. Saúde é um ótimo investimento com múltiplos beneficiários.

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